quinta-feira, 24 de maio de 2012

Crises Generalizadas, sendo que a Tonico Clonicas é a mais conhecida!

 Crises Tônico-clônicas
Em uma crise tônico-clônica generalizada, o paciente perde a consciência, cai, às vezes emite um grito ou gemido, e desenvolve rigidez generalizada (FASE TÔNICA). A respiração pára repentinamente e toda a musculatura do tronco entra em espasmo. O paciente torna-se progressivamente cianótico, a cabeça fica retraída, os braços flexionados e as pernas extendidas. Logo após inicia-se a FASE CLÔNICA, quando os músculos alternadamente relaxam e se contraem, resultando em movimentos clônicos. Durante os abalos o paciente pode morder sua língua, urinar ou possivelmente defecar (liberação esfincteriana). A fase clônica pode durar vários minutos. Quando todos os abalos cessam, o paciente pode recobrar sua consciência, podendo sentir-se muito cansado e queixar-se de dor de cabeça e confusão. O doente não se lembra do que aconteceu e pode "recuperar-se" da crise ainda no chão em posições, às vezes, estranhas para ele. Freqüentemente o doente cai em sono profundo após a crise. A freqüência das crises podem ocorrer de uma vez ao dia a uma vez ao mês ou anualmente. Durante este tipo de crise pode predominar a fase clônica ou tônica, sem prejuízo do diagnóstico. Crises generalizadas tônico-clônicas podem também ocorrer na generalização secundária em crises epilépticas parciais.
Crises Clônicas
Estas crises são generalizadas, na qual o componente tônico não está presente. Estão presentes somente abalos repetitivos (abalos clônicos são movimentos de flexão e estiramento dos membros de forma repetitiva e rítmica). Quando a freqüência dos abalos diminuem a amplitude dos movimentos não diminuem.
Crises Tônicas
Crises tônicas são contrações musculares repentinas e duradouras, deixando os membros tensos, estendidos. Há perda imediata de consciência. Freqüentemente há desvio dos olhos e cabeça para um lado, às vezes rotação de todo o corpo.
Crises Mioclônicas
As crises mioclônicas consistem de repentinas e breves contrações musculares que lembram choques elétricos, ocorrendo em um membro, podendo propagar-se bilateralmente, inclusive em outros membros. Pode manifestar-se como abalos simples, únicos, ou repetir-se por longos períodos. Eles são freqüentemente vistos em combinação com outros tipos de crise em síndromes epilépticas especiais. 


Espasmos Infantis
O paciente possui espasmos flexores da cabeça, curvatura dos joelhos e flexão com abdução dos braços. Eles ocorrem no primeiro ano de vida e são muito difíceis de serem tratados.


Crises de Ausência
Estas crises são caracterizadas por curtos períodos de perda de consciência, durando poucos segundos (não mais que 30 segundos) . Elas são de início súbito e usualmente não manifestações motoras, ou estas são mínimas. Ocorre uma fixação do olhar, breve rotação para cima dos olhos e interrupção transitória da atividade que estava exercendo. A criança não responde ao chamado e ao final da crise continua sua atividade normal como se não houvesse acontecido nada, não lembrando da crise. Durante uma crise de ausência uma criança não escuta o que o professor diz, não impedindo que acompanhe a atividade proposta pelo cátedra. Tal fato, se não reconhecido precocemente, pode gerar uma criança com retardo educacional, não raramente considerada pelo professor comosonhador”, “desatento”, “desinteressado”, “deficiente mental”... Muitos pais não têm consciência deste tipo de crise e, mesmo quando a observando, não leva em consideração por acreditar não ser importante e, conseqüentemente não relata ao médico. Ao menos que o doente manifeste crises clônico-tônicas, informações que caracterizem crises de ausência não são relatadas ao médico pela falta de conhecimento dos pais sobre as crises de ausência. Tais crises (ausência) são facilmente provocadas por hiperventilação e não devem ser confundidas com breves crises parciais complexas. Ausências típicas ocorrem em crianças no período escolar, podendo acontecer muitas vezes por dia.

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