Crises Tônico-clônicas
Em uma crise tônico-clônica generalizada, o paciente perde a consciência, cai, às vezes emite um grito ou gemido, e desenvolve
rigidez generalizada (FASE TÔNICA).
A respiração pára repentinamente e toda a musculatura do tronco
entra em espasmo. O paciente
torna-se progressivamente cianótico, a cabeça fica retraída, os braços
flexionados e as pernas
extendidas. Logo após inicia-se a FASE CLÔNICA,
quando os músculos alternadamente
relaxam e se contraem, resultando em
movimentos clônicos. Durante os abalos o paciente pode morder sua
língua, urinar ou possivelmente
defecar (liberação esfincteriana). A
fase clônica pode durar vários minutos. Quando todos os abalos cessam, o
paciente pode
recobrar sua consciência, podendo
sentir-se muito cansado e queixar-se de dor de cabeça e confusão. O
doente não se lembra
do que aconteceu e pode
"recuperar-se" da crise ainda no chão em posições, às vezes, estranhas
para ele. Freqüentemente o
doente cai em sono profundo após a
crise. A freqüência das crises podem ocorrer de uma vez ao dia a uma vez
ao mês ou anualmente.
Durante este tipo de crise pode
predominar a fase clônica ou tônica, sem prejuízo do diagnóstico. Crises
generalizadas tônico-clônicas
podem também ocorrer na
generalização secundária em crises epilépticas parciais.
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Crises Clônicas
Estas
crises são generalizadas, na qual o componente tônico não está
presente. Estão presentes somente abalos repetitivos
(abalos clônicos são movimentos de
flexão e estiramento dos membros de forma repetitiva e rítmica). Quando a
freqüência dos
abalos diminuem a amplitude dos
movimentos não diminuem.
Crises Tônicas
Crises
tônicas são contrações musculares repentinas e duradouras, deixando os
membros tensos, estendidos. Há perda imediata
de consciência. Freqüentemente há
desvio dos olhos e cabeça para um lado, às vezes rotação de todo o
corpo.
Crises Mioclônicas
As
crises mioclônicas consistem de repentinas e breves contrações
musculares que lembram choques elétricos, ocorrendo
em um membro, podendo propagar-se
bilateralmente, inclusive em outros membros. Pode manifestar-se como
abalos simples, únicos,
ou repetir-se por longos períodos.
Eles são freqüentemente vistos em combinação com outros tipos de crise
em síndromes epilépticas
especiais.
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Espasmos Infantis
O paciente possui espasmos flexores da cabeça, curvatura dos joelhos e flexão com abdução dos braços. Eles ocorrem no primeiro ano de vida e são muito difíceis de serem tratados.
Crises de Ausência
Estas
crises
são
caracterizadas
por
curtos
períodos
de
perda
de
consciência,
durando
poucos
segundos
(não
mais
que
30
segundos)
.
Elas
são
de
início
súbito
e
usualmente
não
há
manifestações
motoras,
ou
estas
são
mínimas.
Ocorre uma
fixação
do
olhar,
breve
rotação
para
cima
dos
olhos
e
interrupção
transitória
da
atividade
que
estava exercendo. A
criança
não
responde ao chamado e ao
final
da
crise
continua
sua
atividade
normal
como
se
não
houvesse acontecido
nada,
não
lembrando da
crise.
Durante
uma
crise
de
ausência
uma
criança
não
escuta
o
que
o
professor
diz,
não
impedindo
que
acompanhe a
atividade
proposta
pelo
cátedra.
Tal
fato,
se
não
reconhecido
precocemente,
pode
gerar
uma
criança
com
retardo
educacional,
não
raramente
considerada
pelo
professor
como
“sonhador”,
“desatento”,
“desinteressado”,
“deficiente
mental”...
Muitos
pais
não
têm
consciência
deste
tipo
de
crise
e,
mesmo
quando
a observando,
não
leva
em
consideração
por
acreditar
não
ser
importante
e,
conseqüentemente
não
relata ao
médico.
Ao
menos
que
o
doente
manifeste
crises
clônico-tônicas,
informações
que
caracterizem
crises
de
ausência
não
são
relatadas ao
médico
pela
falta
de
conhecimento
dos
pais
sobre
as
crises
de
ausência.
Tais
crises
(ausência)
são
facilmente provocadas
por
hiperventilação e
não
devem
ser
confundidas
com
breves
crises
parciais
complexas.
Ausências
típicas ocorrem
em
crianças
no
período
escolar,
podendo
acontecer
muitas
vezes
por
dia.
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