Quatro
componente de uma crise epiléptica podem ser distinguidos. Nem todos os
tipos de crise terão os mesmos estágios.
A presença ou ausência e a natureza desses
estágios são importantes para o diagnóstico do tipo de crise.
I. FASE PRODRÔMICA
Esta fase
começa poucas horas ou alguns dias antes da crise real e não deve ser confundida com a AURA.
Sintomas prodrômicos incluem: cefaléia (dor
de cabeça), irritabilidade, insônia, transtorno do humor (depressão) e agitação.
II. AURA
Uma aura precede uma crise em segundos ou minutos. É o início de uma crise e sinais focais da crise. Os sintomas dependem da localização do foco (descarga neuronal elétrica). A sensação de aura é sempre vaga e não descritível, levando a extremo medo. Sensações epigástricas estranhas,
sensação de estar sonhando acordado, cheiro desagradável, etc. pode ocorrer. O paciente lembra-se da aura muito bem. Embora nem sempre é capaz de relatá-la com clareza o doente pode afirmar com certeza sobre sua presença (antes de perder a consciência).
III. CRISE (ICTUS)
Na maioria das crises há perda de consciência e o paciente não é capaz de relatar qualquer característica do ataque. Para isso, o médico depende do relato de familiares ou
pessoas que presenciaram a crise. O paciente não possui a crise em
sua memória.
IV. FASE PÓS-ICTUS
Esta fase pode estar ausente, pode ser breve ou pode durar várias horas, mesmo dias. Há usualmente um sono profundo, evoluindo com cefaléia, cansaço, irritabilidade, vômito, confusão, dores musculares e ataxia (dificuldade para andar). Paralisia transitória de parte do corpo, conhecida como “Paresia de Todd”
pode ocorrer
durante poucas horas ou dias. Fala alterada ou afasia pode ocorrer quando o hemisfério cerebral dominante do cérebro tiver sido envolvido. Comportamento alterado e crises emocionais podem ocorrer e se o paciente for contido pode se
tornar
violento.
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